A água aviva-lhe as cores; então
esperei que chovesse..., estava a morrinhar, era como se fosse uma camada de
verniz, - caía lenta e persistentemente de um céu cinzento plúmbeo, - que
paradoxalmente serve para proteger uma pintura da própria humidade. As cores
vivas de uma Primavera, ainda que de um Inverno solarengo pudessem ser, de um
amanhecer, ou de um entardecer luminosos, estão lá, - mais na parte inferior do
rectângulo, que na superior, onde a luz é um pouco dissipadora - na periferia
do grosso tronco, aqui planificado.
Já o fotografara em tempo seco; cores
mais claras, desvanecidas, menos recortadas, de uma “pintura” moribunda, sem vida, à espera de rejuvenescer, de ressuscitar
com o jacto de verniz, disparado pela objectiva, qual frasco de spray nas mãos de um graffiter urbano e contemporâneo, não o
pincel clássico de um “qualquer” Vincent
Van Gohg.
Observações: (*)
A data é de uma certa religiosidade, da
qual preciso por vezes.
Dir-me-ão: - “A data é apenas coincidência!
Não?”
Direi
que sim!
Manuel
Oliveira Costa
13*
de Maio de 2014
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