quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Da minha Janela...


 











Da minha janela vejo o campo,
E quatro vacas pastando,
Dela vejo também passar,
O comboio alfa pendular.

De Norte para Sul, e de Sul
Para Norte, quase se cruzam
Em frente à minha janela.

Acontece pela manhã,
Pela tarde também,
É bonito vê-los passar,
Tanto ou mais que neles viajar.

31 de Dezembro de 2008 -16H20m.

Cruzaram-se os alfa pendulares,
Em frente à minha janela.
Metade de mim (1) vai para o Porto
A outra metade (2) para Lisboa
Porque (não) posso ir nos dois…


 (1)   – Corpo
 (2)   – Espírito
Ou vice-versa
Manuel Costa
31 de Dezembro de 2008

2 comentários:

  1. Da minha janela vejo o verde do meu jardim e ouço os pássaros. Não tenho essa possibilidade de viajar de Norte para Sul ou o contrário. Uma boa viagem Manel.

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  2. O que eu vejo da minha janela é algo menos bucólico.
    Do alto do meu quinto andar vejo os telhados da Avenida, o parque de estacionamento, onde “trabalham” os emigrantes romenos ajudando a arrumar os carros a troco de uma moedinha e vejo também o movimento constante de automóveis com gente preocupada em chegar a qualquer lado, com mais ou menos pressa.
    Para ver um pouco de verde, tenho de mudar de janela, mas o movimento de gente apressada continua, no Forum e nos moliceiros que percorrem o canal central carregados de turistas. Estes, apreciam os edifícios das margens do canal, ouvem atentamente as explicações do guia, e sorriem com uma ou outra piada que este lhes conta.
    Através das janelas observo pessoas ocupadas em ir ou chegar. Eu, sinto-me feliz por ficar!

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