Mesmo assim, rumamos douro acima.
E por entre montanhas pintadas
Com cores de primavera
A nossa visão se deleitou…
Num colorido sonho de quimera.
E os verdes vinhedos!
Plantados de par a par
Como soldados formados
Em parada militar
Dão encanto á paisagem
De forma peculiar.
Mas, nosso destino é Tormes
Eça! A referência e paixão.
A sua obra, motivo
Da nossa deslocação.
A quinta de Vila Nova
Foi motivo e inspiração
Para Eça escrever seus livros
De cultura e ficção.
Porque as vezes ficção
É mordaz e lisonjeira
É realidade tratada
Com roupagem domingueira
A Quinta de vila nova
Tem encanto e muita história
Transformada em santuário
De objectos e memória.
Mas Tormes tem muito mais
Ambiente bem tratado
Em beleza, e na limpeza
Como em espaço sagrado.
Referência à sua obra
É sempre pobre e pequena
Por isso apenas digo
Ó Eça! Valeu a pena.
Delfim Azevedo
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