segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

António Vieira



O céu estrela o azul e tem grandeza.
Este, que teve a fama e à glória tem,
Imperador da lingua portuguesa,
Foi-nos um céu também

No imenso espaço seu de meditar,
Constelado de forma e de visão
Surge, prenúncio claro do luar,
El-Rei D. Sebastião.

Mas não, não é luar: é luz do etéreo.
É um dia; e, no céu amplo de desejo,
A madrugada irreal do Quinto Império
Doira nas margens do Tejo

Fernando Pessoa, in Mensagem

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